ESG em edifícios corporativos

ESG como estratégia: do dia a dia ao resultado, com governança clara, operação eficiente e bem-estar que reduzem custos e elevam valor.

O que é ESG?

ESG é a sigla para Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança). Mais do que um rótulo, é um marco de gestão que orienta como as organizações reduzem impactos, geram valor coletivo e asseguram processos de administração claros, auditáveis e responsáveis.

O conceito ganhou força em 2004, quando o Pacto Global da ONU, em parceria com o Banco Mundial, publicou o relatório “Who Cares Wins (1). A iniciativa partiu de convite de Kofi Annan a CEOs do setor financeiro para incorporar critérios ambientais, sociais e de governança às decisões de investimento.
A proposta conecta desempenho econômico a desempenho socioambiental.

Como ler cada pilar na prática:

  • Ambiental (E): Uso eficiente de energia e água, gestão de resíduos, emissões e materiais; metas de descarbonização e adaptação climática.

  • Social (S): Saúde e segurança, acessibilidade, diversidade e inclusão, bem-estar dos ocupantes, relação com fornecedores e comunidade.

  • Governança (G): Transparência, compliance, gestão de riscos, políticas anticorrupção, metas públicas e prestação de contas periódica.

Business Case

ESG pode ser entendido como a “leitura financeira” da sustentabilidade: uma agenda contínua de gestão (não um projeto pontual) que empresas públicas e privadas incorporam para reduzir risco, acessar capital e preservar valor no longo prazo. O tema entrou de vez no mainstream em 2020, quando o Global Risks Report do Fórum Econômico Mundial colocou riscos ambientais no topo da agenda, enquanto cartas de grandes gestores (como a BlackRock) passaram a tratar risco climático como risco financeiro, com impacto direto em alocação, custo de capital e governança. (2)

Do lado do capital, a direção é clara. Projeções da PwC indicam que, até 2025, quase 60% dos ativos de fundos mútuos na Europa seguirão critérios ESG (€7,6 tri), e 77% dos investidores institucionais planejam deixar de comprar produtos que não sejam ESG no curto prazo. Na prática, empresas com métricas ambientais, sociais e de governança mais robustas ampliam seu universo de financiadores, emitem dívida temática (green, social, sustainability – linked) com melhor precificação e ganham competitividade em RFPs (Solicitação de Propostas) e cadeias globais. (3)

Nos mercados imobiliários (especialmente corporativos) essa mudança já se traduz em preço e liquidez. Observa-se a coexistência do green premium: ativos eficientes, certificados e bem geridos, com vacância menor e taxas de capitalização mais comprimidas. E do brown discount: ativos intensivos em carbono ou sem retrofit, com maior obsolescência técnica, downtime de locação e custo de capital mais alto.

Em ciclos desafiadores, essa bifurcação se acentua: quem mede, reporta e melhora energia, água, resíduos, bem-estar, segurança, e governança de dados e contratos preserva valor. Cuidar do ecossistema predial, com execução rigorosa e alocação eficiente de recursos, é o investimento mais inteligente.

O business case também aparece na operação. Processos ESG reduzem desperdícios (energia/água), diminuem custos operacionais, mitigam riscos regulatórios e trabalhistas, elevam produtividade e saúde dos ocupantes e fortalecem reputação e employer branding. Em síntese: ESG não é custo adicional; é gestão de risco, eficiência operacional e acesso a capital. As três alavancas que sustentam receita, margem e valorização do ativo ao longo do tempo.

Tendências ESG

A agenda ESG nos edifícios corporativos tem um ponto de partida claro: pessoas. Estudos COGfx (Harvard T.H. Chan), demonstram que saúde e produtividade no trabalho entram no centro das decisões com parâmetros como qualidade do ar, luz natural, conforto acústico e protocolos de bem-estar alinhados ao WELLNESS. Ambientes saudáveis elevam o desempenho diário, reduzem absenteísmo e fortalecem atração e retenção de talentos, conectando diretamente o S de Social às estratégias do negócio. (4)

A evolução operacional vem da automação e da tecnologia aplicada aos processos. A evolução operacional vem da automação e da tecnologia aplicada aos processos. Smart operations com BMS, sensores e análises em tempo real permitem ajustar clima, iluminação e limpeza por demanda, reduzir consumo e antecipar manutenções. O resultado é previsibilidade de custos, eficiência energética e uma experiência de uso mais estável, pilares que sustentam metas ambientais e requisitos de governança. (5)

No mercado, a oferta de escritórios com desempenho comprovado por certificações de operação e eficiência, como LEED O+M e PBE Edifica/Selo Procel, ainda é menor do que a demanda, o que amplia a vantagem competitiva de ativos com métricas auditadas. Imóveis com desempenho comprovado tendem a apresentar vacância estruturalmente menor e potencial de prêmio de aluguel, enquanto portfólios sem melhorias correm risco de obsolescência regulatória e comercial. Para proprietários e ocupantes, a mensagem é pragmática: desempenho mensurável gera valor mensurável. (6)

A prioridade do tema se explica pela própria pegada do setor, responsável por 34% das emissões globais e 32% do consumo de energia. No Brasil, o movimento é consistente, com presença entre os destaques do LEED e avanços regulatórios em eficiência por meio do PBE Edifica e do Selo Procel. Em São Paulo, onde a competição por talentos e a pressão por resultados é diária, certificações e métricas claras consolidam uma agenda ESG madura, que une responsabilidade, modernização contínua e retorno econômico.

Dia a Dia, Cetenco Plaza

No Cetenco Plaza, ESG é prática de gestão. A administração do condomínio opera em plataforma digital (LiveFacilities) que centraliza contratos, prestação de contas e evidências de compliance, garantindo governança transparente e auditável. A proteção de dados é prioridade: processos e registros seguem a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), com perfis de acesso, trilhas de auditoria e política de retenção documental. Para o público externo, mantemos um canal de comunicação dedicado, que agiliza solicitações e amplia a transparência com a vizinhança e parceiros.

No pilar Social, o edifício possui certificação de acessibilidade emitida pela Prefeitura-SP e planejamento de acessos com desenho universal, contemplando rotas, sinalização e apoio a pessoas com deficiência. Participamos ativamente da Paulista Viva, associação que integra empresas e órgãos públicos para aprimorar segurança, zeladoria e infraestrutura do corredor Paulista. Internamente, conduzimos pesquisas periódicas com ocupantes para medir satisfação, mapear oportunidades e direcionar melhorias que elevem a experiência de quem trabalha e circula no prédio.

No Ambiental, adotamos o programa Aterro Zero, com triagem e destinação responsável dos resíduos, e seguimos um plano contínuo de eficiência operacional. O edifício é LEED Gold O+M, reconhecendo desempenho em operação e manutenção, e conta com Certificado LUX, reforçando padrões de qualidade de ambientes e iluminação. Essas frentes atuam integradas, com monitoramento, manutenção preditiva e otimização de insumos para reduzir impactos, controlar custos e manter a performance ao longo do tempo.

O resultado é um condomínio que alia tradição e modernização responsável: governança clara, experiência inclusiva para ocupantes e visitantes, um ciclo de melhoria contínua ancorado em métricas, certificações e diálogo permanente com a cidade.

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